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A Gestão de Chiquinho do Canjarana e os Desafios na Câmara de Guaicara: Entre a Redução de Custos e a Sobrecarga de Trabalho
Medidas de corte e extinção de cargos na Câmara Municipal de Guaicara geram sobrecarga para servidores, que poderá afetar sua saúde e produtividade.
A gestão atual da Câmara Municipal de Guaicara, sob a presidência de Chiquinho do Canjarana (PSD), tem gerado controvérsias com suas decisões em relação ao quadro de funcionários da casa legislativa. Após a administração de outros presidentes, que tentaram se adequar às exigências do Tribunal de Contas e da Promotoria de Justiça, a gestão de Chiquinho tem sido marcada por demissões em massa e a suspensão de concursos públicos, o que resultou em uma severa sobrecarga de trabalho para os servidores remanescentes.
Os primeiros passos da gestão de Chiquinho, eleito vice-prefeito na chapa com Flávia do Baiano para a gestão que começará em 2025, já estão gerando repercussões negativas. Logo após assumir a presidência da Câmara, Chiquinho tomou medidas drásticas: suspendeu o concurso público que já estava em andamento e extinguiu cargos cruciais, como o de procurador jurídico e assessor de planejamento. Essas ações, embora apresentadas como uma tentativa de contenção de custos, têm colocado os servidores que permanecem no cargo sob uma pressão crescente.
A sobrecarga de trabalho é mais visível no caso do Procurador Jurídico da Câmara, Dr. Rodrigo. Com a licença de uma procuradora e a demissão de outros servidores, ele tem assumido uma carga de trabalho cada vez maior. Sua folha de pagamento revela uma evolução salarial que reflete esse excesso de tarefas. Em outubro de 2024, o procurador recebeu mais de R$ 11 mil, um valor muito superior ao de seus colegas. Esse aumento não é devido a uma promoção ou mérito, mas sim à necessidade de trabalhar incansavelmente em horas extras, o que coloca sua saúde e bem-estar em risco.
Segundo o portal da transparência o procurador inicia o ano de 2024 recebendo proventos de cerca de 6.500 reais nos meses de janeiro e fevereiro, 8.800 reais no mês de março, 7.300 reais no mês de abril e, a partir desta data, a evolução segue, sendo quase 7.800 reais em maio, 8.135 reais em junho (outra procuradora em licença por saúde), 9.289 mil em agosto, 8.401 reais em setembro (mês da demissão de outros servidores), 11.179 reais em outubro, 10.296 reais em novembro.
Esta evolução salarial se deve unicamente
A situação não é única. A extinção de cargos sem uma análise aprofundada do impacto no funcionamento da Câmara está prejudicando não apenas os servidores, mas também a qualidade dos serviços prestados à população. A falta de uma estrutura adequada pode comprometer o trabalho legislativo, já que a sobrecarga de trabalho pode gerar falhas na execução das tarefas e na prestação de contas.
A alegação de que a redução do quadro de funcionários traria economia para os cofres públicos não se concretizou. Pelo contrário, os efeitos imediatos foram a sobrecarga de trabalho para os servidores que restaram, que estão sendo forçados a trabalhar além de seus limites, com um impacto direto em sua saúde e produtividade. Em vez de uma gestão eficiente e equilibrada, Chiquinho do Canjarana parece ter priorizado as questões políticas, reduzindo custos à custa do bem-estar dos servidores e da eficiência da Câmara.
Enquanto o novo vice-prefeito se prepara para assumir sua nova função em 2025, fica a dúvida sobre qual será a sua postura na administração pública. Será que ele irá continuar com as práticas de sua presidência na Câmara, ou buscará reformular a gestão com uma visão mais equilibrada, respeitando as regras de trabalho e a saúde do trabalhador?
A apuração exclusiva da CGCTV destaca os impactos dessa gestão, que tem gerado preocupação na comunidade, e revela que, por trás das ações de corte, há uma sobrecarga silenciosa, mas crescente, que poderá ter consequências a longo prazo.
A CGCTV procurou o presidente, mas o mesmo não quis se pronunciar a respeito.
Da Redação Lins conectandos
Fonte CGCTV
Imagem/ portal da transparência
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